21 anos depois, Diablo II Resurrected surge na onda dos últimos anos de remasterizações de clássicos antigos, tanto para reacender o interesse do público fiel quanto para apresentar a saga para novos jogadores. Embora o título tenha sido lançado em meio a um escândalo envolvendo a Activision Blizzard e seus funcionários, o que causa um desconforto inevitável para quem joga, a nova versão de Diablo II é fiel e inteligente na sua construção. O Showmetech pôde conferir o jogo considerado um dos destaques do ano na indústria dos games. Confira a seguir todos os detalhes.

O primor de um mundo épico e sombrio

Diablo II Resurrected aborda um mundo épico onde o mal assola as terras antigas de civilizações à mercê de ataques de criaturas malignas. Os habitantes de cada região uniram forças com armas e combatentes para se protegerem. Sob o papel de um viajante lutador, o jogador precisa explorar as grandes áreas infestadas por diferentes inimigos — de zumbis a aranhas medonhas — e descobrir os segredos que envolvem Mefisto, Baal e o próprio Diablo. Com uma premissa envolvente, a remasterização de Diablo II acerta em reinserir personagens e reapresentar a trama, dividida em cinco atos. Nós vamos avisar desde já: este é um jogo longo. Prepare-se para explorar muitos locais, recolher vários itens e, provavelmente, morrer algumas vezes durante esse processo. Em sua essência, o universo é algo que cativa o jogador e o instiga a persistir nas missões de ataque/resgate/exploração para descobrir o que vem a seguir. Ao término de um ato, o jogo apresenta uma cutscene que dá sequência à história. Além disso, o título se mostra bem fiel aos acontecimentos do seu original, o que é gratificante.

Uma grande exploração de recursos e combates diversificados

O game também pode ser jogado offline ou online com outros guerreiros em uma sala fechada. Essa versatilidade é útil para jogatinas com amigos ou ainda simplesmente para ter um suporte em combates mais complicados. Ah, e você pode escolher um belo nome para sua figura também. O primeiro contato no jogo é com um acampamento afastado, que está montando forças em uma região obscura. Lá se encontram seus itens em um baú, bem como pode ser feita a compra de acessórios. O esquema de gameplay pode parecer difícil, principalmente se a pessoa não tem afinidade com esse gênero de jogo, mas ele é bem prático. Com mecânicas point and click, o jogador movimenta, ataca por comandos simples e usa poções de cura e mana. Como dito, o jogo é bem grande. Então haverá muito espaço para testes, execução de planos e exploração contínua. Conforme seu personagem avança nas missões, é possível contratar um NPC que auxiliará nos enfrentamentos. É de grande ajuda. Ataques especiais e upgrades são feitos de acordo com suas armas e estilo de combate. Existe ainda um sistema interessante que compara a versão antiga com a atual de Diablo II. A distinção é impressionante. Neste sentido, a remasterização não só fez bem, como, de certa forma, rejuvenesceu o jogo com seu aspecto visual mais polido. Os detalhes de mapa são bem discerníveis, o que aumenta a imersão. Além disso, há dublagem em português brasileiro. Como um todo, o jogo é bem eficiente em seu gameplay. Em poucos momentos foram registrados bugs ou falta de responsividade, como havia sido observado na versão Beta do game. O maior problema que presenciamos, particularmente, foi um erro em configurar comandos personalizados. Na versão de PC que tivemos acesso, tornou-se difícil alterar uma simples forma de andar entre uma tecla e outra. O jogo pareceu não processar muito bem, o que nos levou a ter que atualizar este comando toda vez que o jogo era iniciado. Apesar disso, tudo pareceu correto.

Destaque especial para a imersão sonora

O design do jogo está um primor, como dissemos anteriormente, mas a trilha sonora é um dos pontos altos de Diablo II Resurrected. Ela abraça muito bem os momentos de tensão e de luta, trazendo até elementos de terror em alguns momentos, como quando o local explorado é uma catacumba perdida. Até mesmo os inimigos são um tanto amedrontadores, especialmente os insectoides e os monstros de grande porte. Os elementos técnicos são bem executados no geral, salvo os empecilhos pontuais. Mas nada disso prejudica intensamente a experiência final, recheada de aventuras e muitas descobertas. Um conselho especial — e pessoal — é jogar esta remasterização em doses para não se tornar massante caso você sofra muito para avançar em certos momentos. Equilibrando gameplay e narrativa, Diablo II Resurrected é mais um acerto das remasterizações modernas. Enquanto, por outro lado, o contexto de seu lançamento seja amargo e problemático, o jogo consegue entregar uma experiência significativa, com nuances interessantes e, sobretudo, diversão na saga épica. Diablo II Resurrected está disponível para aquisição para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series S/X, Nintendo Switch e PC (através do Battle.Net).

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